quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Perguntas que retornam


Como encontrar Deus?


É Deus quem me procura. Ele é o primeiro que veem ao meu encontro. Está certeza me enche sempre de muita, muita tranquilidade, paz e alegria interior. Quando abandono a ideia que a iniciativa de encontrar Deus é, sobretudo minha, ai fica mais fácil. Assim me liberto das expectativas, imaginações e em fim até da ideia como e quando acontecerá o encontro com Deus. Acho que a palavra chave é GRATUIDADE. Ser e viver grata para tudo o que está ao meu redor. Devagar me liberto de mi mesma e começo perceber que Ele é ONIPRESENTE e eu só preciso deixar-me encontrar. Como? Purificando a mente dos pensamentos ruins, limpando o olhar negativo e abrindo o coração para a beleza.  Assim sempre encontro o Amado da minha vida, nas coisas mais banais e mais simples desse mundo: nos gestos gratuitos de uma irmã, na folha seca que caie da árvore, Deus me fala nos Salmos, no silencio quando viajo, encontro-O na música, quando medito a vida das pessoas, sobretudo dos jovens que acompanho e sempre fico surpreendida pelas maravilhas que Deus faz na vida deles.

Mas existe também o outro lado, o meu esforço de FIDELIDADE para desejar encontrar o Amado da minha vida. Assim como Madre Mazzarello falou as primeiras missionárias. Não deixe que o fogo se apague, tente cultivar o dialogo, a partilha, a escuta e persiste talvez em longos espaços de silencio, se for necessário. Crê que o Amado está sempre contigo e tu Nele. Prepara se bem para o momento da Eucaristia e vive-o disponível o dia inteiro. 


Foto: MAK



Como fazer uma experiência com Deus, dentro da rotina de missão e trabalho salesiano?  


Começa SANTIFICAR (apreciar, oferecer a Deus) cada gesto, palavra, olhar, pensamento, ação desde o primeiro momento de dia. Tudo para Sua maior gloria e salvação dos jovens. Então tudo se torna importante, tudo adquire mais significado. 


Eu faço durante o dia alguns breves EXAMES DE CONSCIÊNCIA: como fiz os meus compromissos, com que espírito, quais tentações me assaltaram? Isso me ajuda sempre a readquirir a sintonia e ligação interior com o Amado. Peço ao Espírito Santo que me aconselhe, ilumine e guie. Procuro relacionar-me com o Amado em modo muito natural – interiormente dialogo com Ele, faço o discernimento, e assim por diante. 

Foto: MAK 

Como adquirir uma interioridade e encontrar o silêncio na nossa rotina agitada?

Este sim é sempre um grande desafio! O maior, eu acho! Pois nos somos as religiosas de vida ativa, mas devemos ser sempre CONTEMPLATIVAS NA AÇÃO. Temos que ir contra a corrente. Isto não significa isolar se do mundo, mas ser no meio do mundo pessoas capazes de silencio e contato interior com Amado. Eis o famoso conselho para viver a vida equilibrada em tudo: nisso para nós consiste a santidade. Aqui me lembro de um texto que no passado escrevi e que acho útil. 

Foto: MAK 


Para finalizar

A busca de Deus vai enfrentar, segundo minha experiência, estas dinâmicas: PROCURAR, ENCONTRAR, PERMANECER e PERDER DEUS! E de novo procurar, encontrar,...

Pois a nossa vida é um caminho contínuo, uma aventura esplêndida. Deus sempre é novo, diferente, nunca igual, também nós somos seres em continua transformação. Desejo que você sempre procure, encontre, permaneça, mas também possa “perder” Deus, para encontra-Lo e descobri-Lo sempre mais belo, imenso, maravilhoso. 


Foto: MAK 


domingo, 24 de abril de 2016

Terras missionárias

As surpresas de Deus acontecem e existem. Foi uma grande surpresa a possibilidade que tive de visitar as Terras do Uruguai, local aonde chegaram as primeiras missionárias das Filhas de Maria Auxiliadora no continente Americano.

Passei por Montevideu, Vila Colón, Las Piedras e encontrei o vivo espírito missionário em nossas irmãs do Uruguai. Fiquei impressionada em ver ainda hoje a simplicidade, a essencialidade dos ambientes e a presença viva do carisma salesiano.

Neste lugar começou o espírito missionário que se espalhou pelo continente americano. Neste lugar começou a chama do espírito missionário que até hoje anima e chama.

A experiência reavivou em mim o DNA missionário, este dom precioso que fortemente bateu também no coração de Madre Mazzarello e que continua a bater no coração das missionárias. Sinto muita gratidão pela oportunidade que tive de poder encontrar-me também com a ir. Mira, visitadora da Madre Geral que está visitando a inspetoria do Uruguai.

A Madre Yvonne na sua Circular n.° 959 escreveu:
“Desde as origens do Instituto o Senhor chamou muitas Irmãs para que deixassem sua terra e saíssem para comunicar a boa notícia do Evangelho nos Países que Ele indicava. Nossa Família religiosa não seria o que é hoje, se não tivesse havido, ao longo da sua história e com uma continuidade extraordinária, esse grande e admirável impulso missionário.
Quando Jesus chama, é importante responder-lhe e dar apoio à generosidade de cada Irmã que se sente chamada à missione ad gentes e encorajar toda jovem que pretende fazer uma experiência missionária.
Não deixemos morrer o fogo no coração dessas pessoas! É tempo de reavivá-lo hoje, porque os pobres não podem esperar!
O presente mais bonito que me podem dar é enviar uma vocação missionária ad gentes. E não se trata de um presente para mim, mas de um contributo para o crescimento do Reino de Deus”.